“Reger” neste excelente cenário nos conduz diretamente à arte eloqüente e carismática do Walter-Michael Vollhardt. Seu “Grupo” foi constituído ad-hoc de estudantes das Hochschulen (Escolas Superiores) de Karlsruhe e Mannheim. Aliás o que deixa crer ter sido uma tarefa enorme.

Uma “Culturasonora” tão plena, impecavelmente estruturada, claramente delineada, e ainda, além de uma massiva sonoridade, mesmo assim suave, leve e fluente integração de conjunto – A “Süddeutsche Sinfonietta” se apresentou como um cartão de visita – por assim dizer – de uma orquestra de alta categoria. Ainda mais: a percepção estupenda do regente para delicadeza, ironia brilhante e leve alegria das composiçoes, além da enorme e concentrada simbiótica noção de conjunto, dos excelentes jovens músicos produzindo –francamente- às vezes um “objeto sonoro-ideal” transcendente e impressionante.

Dançando e agitando também o regente Vollhardt, totalmente em ação.

Só ao observá-lo já foi bem divertido. Cada nota, cada compasso, cada entrada dava ele delineando no espaço, no ar, e ainda insinuava, abafava,reduzia, dançava junto.

… simplesmente para suspirar agradavelmente, como o Vollhardt e Co. conduziu essa magnífica valsa do Strauß.

Excelente “My fair Lady” para iniciar o concerto. Foi vivaz, gracioso, e ainda tinha sentimento e uma leve ironia. Os breves retardos, que Vollhardt interpretou/fez no romântico “Ich hab’ mich so an sie gewönht”, levou o público a uma melancolia profunda.

Também com a graça da “Blumenwalzer”, maravilhosamente leve e fluente no ritmo, e naturalmente brilhante na “Rosarote Panther”, como a “Eurodistrictler” aqui vibrou, à maneira das grandes orquestras americanas de swing.